Os contratos futuros do açúcar bruto na ICE avançaram 2% nesta sexta-feira, após atingir a máxima de quase quatro anos e meio, acima do patamar de 20 centavos por libra-peso após cortes nas projeções de produção do maior produtor, o Brasil.
O açúcar bruto para outubro fechou em alta de 0,41 centavo de dólar, ou 2,1%, a 19,95 centavos de dólar por libra-peso, tendo atingido 20,10 centavos por libra-peso mais cedo na sessão, uma máxima desde fevereiro de 2017.
A produção de açúcar do centro-sul do Brasil em 2021/22 deverá recuar para 32,5 milhões de toneladas, ante estimativa de 34,1 milhões de toneladas publicada em junho, devido aos danos causados pela seca e por geadas à safra de cana-de-açúcar, disse a trader de alimentos Czarnikow.

Os operadores afirmaram que o açúcar tem viés de alta devido ao cenário de produção no Brasil, mas acrescentou que deve ter um limite para os ganhos em curto prazo, com a demanda física reduzida e as taxas de frete oscilando em torno da máxima em 10 anos.
O açúcar branco para outubro avançou 15 dólares, ou 3,2%, a 491,10 dólares a tonelada.
Marcelo Teixeira e Maytaal Angel
Fonte: Nova Cana